top of page

CRÔNICAS    ( Jornal de Uberaba - Minas Gerais )

 

 

 

 

PRECE À NOSSA SENHORA 22/08/2013

 

 

                    Senhora mãe das mães, e dos filhos. É nosso desejo encontrar um dia com o amparo de seus braços e neles repousarmos nossa cabeça após o cansaço desta viagem inconstante da vida, pelo peso da cruz que carregamos e que são construções nossas.

                  Queremos um dia entregar ao seu amor de mãe as notícias melhores de nossa consciência.

                  É do nosso desejo este encontro, e por isso nos prostramos não de joelho procurando no gesto a verdade que esta dentro de nós, mas de olhos estendidos ao alto com a postura de quem deseja trabalho; desejamos encontrar com a atenção para o que, seu filho Jesus, nos ensinou.

                  Que sejamos um dia dignos de responder a este seu amor, mostrando ao mais Alto a nossa vontade de seguir, de alcançar os que nos devotam amor, sabendo que amamos, que aprendemos, com sua ternura a ensinar os primeiros passos do perdão, e estamos constantemente de corações entregues ao outro, estendendo nossas mãos aos mais frágeis, sabendo que alguém segura as nossas, para não nos verem cambaleantes.

                  Abençoa-nos, Dama Maior do céu, Senhora absoluta da terra, se Deus permitiu ao seu amor o amparo a Jesus, nada melhor do que agradecermos, seguirmos, esperando e buscando a sua proteção, que jamais nos será negada.

                  Por tudo, obrigado Mãe Maior!

 

 

SÉRVIO AUGUSTO CARVALHO RAMOS

 

 

Mensagem psicografada pelo médium Celso de Almeida Afonso em 20.06. 2005, por ocasião do aniversário do centro Espírita Aurélio Agostinho. Uberaba-MG.

 

                                                                                             HUGO DE CARVALHO RAMOS MAGALHÃES

__________________________________________________________________________________________________________

 

 

A Virtude, a Esperança, a Fé e o Amor 15/08/2013

 

 

 

          A Imaculada, logo que saiu do sono, antes mesmo de ver seu filho, deu com quatro virgens mensageiras que desapareceram de repente como as estrelas que se distanciam no espaço infinito.

          Seriam anjos? Uma serena voz, saindo das pedras, falou no silêncio:

        -A primeira mensageira é toda a crença do homem; é a VIRTUDE que leva a alma à presença do altíssimo.

         Antes da vinda do Messias era a névoa indecisa que resplandecia; agora é a luz pura e perene, a luz viva a nos guiar ao paraíso através de todas as dificuldades, por meio dos mais árduos sofrimentos, vencendo as mais perversas tentações e desejos, sempre direita, inflexível e segura. O seu olhar não se desvia, a sua linguagem é a prece.

         A segunda é uma consoladora. Parece um reflexo da primeira: é a ESPERANÇA. Veste-se de ilusões, recama-se de sonhos para distrair a alma, livrando-a do desespero. É um ramo verde que se inclina à borda dos abismos. A divina miragem que, através das águas da vida, reanima o coração combalido, fraco, criando perspectivas venturosas.

        Sozinha é uma encantadora que vive a inventar maravilhas; ligada à FÉ, é a confiança serena em Deus; é a precursora que desbrava o caminho para a travessia do espírito. Sem a FÉ e a ESPERANÇA a miséria seria um flagelo, a dor intolerável.

        A terceira é o AMOR, lágrima que se converte em misericórdia, e na bondade onipotente, a meiguice que salva, resignação que remite, paciência que conforta, lã que agasalha, linho que estanca o sangue, a luz que aquece.

        E as quatro juntas formam o conjunto amoroso de todas as beneficências - a CARIDADE - à qual se agrega a humildade.

       São as quatro irmãs que acompanham o Messias. Com elas Jesus fará a redenção dos homens; e combaterá o mal.

       Calou-se a voz.

     - Não ouvistes falar?

      -Sim, meu senhor, falaram.

       As ovelhas estavam de pé e olhavam, como se também procurassem o misterioso interlocutor.

       Mas o menino agitou-se no leito palhiço, estendeu o bracinho e chorou. Rapidamente Maria tomou-o ao colo, aconchegou-o e o cobriu com o manto.

 

                                                                                               HUGO DE CARVALHO RAMOS MAGALHÃES

__________________________________________________________________________________________________________                    

​

                                                      A missa dos mortos 14/06/2013

 

 

       Num povoado vivia uma viúva que guardava com muita devoção a lembrança do marido. Cada ano de morte mandava celebrar uma missa pelo seu aniversário em sua devoção.

       Avisava sempre os amigos e parentes o dia e o mês, já que não havia jornal naqueles páramos.

Numa noite levantou-se e de sua janela avistou a igreja iluminada por velas que ardiam provavelmente no altar.

       Vestiu-se e resolveu ir até lá. Chegou. Tomou água benta e se sentou. O padre não estava lá e a seu lado e na nave enxergou homens e mulheres com os rostos ocultos.

       A viúva teve um arrepio de frio e ajoelhou-se. Neste cenário começou a missa, sem que se ouvisse a voz do padre. Quando o coroinha fez soar a campainha, nada se ouviu. Não levara dinheiro para esmola e no aperto da situação colocou seu anel sem que o mesmo fizesse qualquer barulho.

       Encerrada a missa, o oficiante acompanhou-a até a porta.

      Quem seria o padre? E o coroinha? Não os conhecia. Ao voltar os olhos para traz já não mais viu os assistentes, mas notou as velas estavam apagadas. 

       Retornou a sua casa e levantou-se mais tarde do que de costume.

       Apareceram os vizinhos assustados e lhe disseram estranhar sua ausência à missa do marido.

      A viúva protestou e disse que assistira a missa na noite que passara e o que estranhou foi a falta dos convidados. Buscaram o vigário e ele confirmou que apenas celebrara a missa do dia seguinte e não a da noite.

     Convicta, asseverou: “estive presente à missa! Mas logo estranhei porque não foi o senhor que a celebrou, e sim outro vigário desconhecido”.

       Lembrou que tinha deixado a aliança como espórtula que se encontrava incrustada no altar.

       E o sobrenatural se fez presente ante os fatos. Todos compreenderam então que aquela missa era a dos mortos de todo o povoado a que a pobre viúva havia assistido.

 

                                                                                              HUGO DE CARVALHO RAMOS MAGALHÃES

__________________________________________________________________________________________________________

 

 

 

      

 

 

bottom of page